Tese apresentada à Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de medicina, para obtenção do título de Doutor em Ciências.
Objetivos: A apoptose representa importante mecanismo de defesa no carcinoma associado a infecção pelo papilomavirus humana HPV. Esse estudo tem como objetivo avaliar o polimorfismo A/G da região promotora do gene Faz-670 com risco de câncer cervical.
Casuística e Métodos: O material de estudo de 91 pacientes com carcinoma cervical confirmado por exame histopatológico e 176 mulheres com citologia oncológica cervicovaginal e colposcopias normais. Em todos os casos o genótipo do gene Faz foi obtido por meio de técnica de PCR e RFLP.
Resultados: Não houve diferença significante na distribuição do polimorfismo do gene Faz(selvagem heterozigoto e mutante) entre os grupos de estudo e controle. O genótipo heterozigoto (OR: 4.85 e IC 95%:1,1-22,6) entre pacientes com câncer mais jovens (menor que 45 anos) foi cinco vezes maior quando comparado com o tipo selvagem.
Conclusão: Nosso estudo sugere que o polimorfismo 670 A/G da região promotora do gene FAS está associado com o aumento de câncer cervical entre mulheres brasileiras abaixo dos 46 anos. O possível mecanismo seria a inibição de apoptose por falha da transcrição mediada pelo alelo 670G.